Sherlock na Era Vitoriana: Teorias
A essa altura do campeonato, todos os fãs de Sherlock já sabem que estão acontecendo gravações em locações antigas e com figurinos vitorianos. Mas segundo o diretor do Especial, Douglas Mackinnon,"isso é só a metade". A mesma coisa diz Amanda Abbington: "tem um quê vitoriano, mas não é o que as pessoas estão presumindo".
E o que o público em geral vinha presumindo é que poderia ser um episódio paralelo, se passando completamente na Era Vitoriana. Errado. Se você não acredita em Amanda, basta saber que ela e Martin gravaram recentemente em no cemitério Aros Vale, usando as mesmas roupas do final de His Last Vow, com Mary ainda grávida, o que indica que o especial irá começar onde a série parou.
E ainda, não se esqueça: o episódio irá solucionar completamente o mistério de Moriarty, que se passa em tempos bem modernos.
Então o que diabos está acontecendo?
Bom, já adiantamos que não vale muito a pena ir atrás das histórias originais atrás de pistas. Mesmo que apareçam em trajes vitorianos, isso não significa que alguma história será adaptada ao pé da letra e, se tratando de Sherlock, já é esperado que não seja mesmo. Ou alguém consegue citar uma história que tenha sido fielmente adapatada (o mais próximo disso foram "Um Escândalo na Belgrávia", "Os Cães de Baskerville" e "Seu último juramento" - que adaptou "Charles Augustus Milverton")?
Assim, mesmo que Mark Gatiss e Douglas Mackinnon aticem os fãs com citações ao Carbúnculo Azul, se este conto for realmente adaptado (e não uma pista falsa), não espere vê-lo adaptado à risca nas telas.
A Holmesiana Laura Medina bolou uma teoria interessante, que postou no grupo Sherlock Brasil, no Facebook:
(Sim, se trata de "Sherlock", não dos originais e em "Sherlock", Molly e Mary cada vez mais participam das histórias).
A primeira ideia que vem à cabeça é o conto "Silver Blaze" (ou "Estrela de Prata"). No conto, Holmes precisa sair de Londres para resolver um caso de um cavalo de corrida desaparecido e seu treinador que aparece morto. Enquanto investiga o caso, ele ainda esbarra com ciganos e uma mulher que lhe parece suspeita. Pensamos neste conto porque ele explicaria as roupas de Mary, a mulher misteriosa do primeiro dia de gravação e o suposto exame post-mortem que acreditamos que tenha sido gravado naquele mesmo dia.
Ainda assim, é um tiro no escuro e não diz muita coisa.
Então, ainda que não possamos ter uma ideia consistente sobre a base deste Especial, nossa equipe pensou em duas possibilidades, como:
- A trama vitoriana não estaria ligada à trama principal e é possível que sejam dois casos. O mistério de Moriarty se resolveria logo no começo e daria um gancho para o que viria depois. Na nossa concepção, a imagem de Moriarty é apenas um vídeo pré-gravado, com algum plano para Sherock. Ora, Moriarty era tão inteligente quanto Sherlock, na certa pode ter se prevenido para o caso de o detetive não morrer de fato e ter deixado um plano pronto, colocado em prática assim que Sherlock retorna e mata Magnussen. Já a parte vitoriana, poderia ser Watson escrevendo um post em seu blog, um post de Natal. Quem sabe até intercalando um caso atual com a versão vitoriana.
[Alguns Sherlockians escreveram pra gente sugerindo que poderia ser uma história que Sherlock conta durante o Natal, o que também é plausível]
- Com o gancho da história que Sherlock conta, também gostamos da teoria de Sherlock estar investigando um cold case (caso arquivado), bem antigo e a resolução desse crime se passaria na cabeça dele, transportada para a era vitoriana, quando o crime teria acontecido.
Isso não é tão impossível, já que em "A Queda de Reichenbach" Sherlock aparece estudando justamente um cold case, o de Henry Fishguard (aquele boneco enforcado na sala), que teria cometido suicídio em 1840. E enfim Sherlock descobre que ele não cometera suicídio. John chega a implicar "Caso urgente, não?", e Sherlock responde: "São todos urgentes até serem solucionados" (Veja em detalhes aqui)
Inclusive a história do cold case poderia estar ligada à visita ao cemitério que John e Mary fazem. Entre as opções (que incluem ou túmulo de Magnussen, que acaba de morrer, ou túmulo de Moriarty, que acaba de reaparecer) também pode ser o túmulo de alguém que teve uma morte mal explicada. Note que no cemitério de Arnos Vale, várias pessoas ilustres estão enterradas, incluindo uma Mary Watson!
Quem sabe a resolução de um caso antigo que ainda não foi solucionado não seja a chave para resolver um caso atual? E quem sabe tudo isso não está ligado a um plano de Moriarty? Lembram do que a produção estava postando antes de começarem as gravações?
E o que você acha disso? Qual a sua teoria?
E o que o público em geral vinha presumindo é que poderia ser um episódio paralelo, se passando completamente na Era Vitoriana. Errado. Se você não acredita em Amanda, basta saber que ela e Martin gravaram recentemente em no cemitério Aros Vale, usando as mesmas roupas do final de His Last Vow, com Mary ainda grávida, o que indica que o especial irá começar onde a série parou.
E ainda, não se esqueça: o episódio irá solucionar completamente o mistério de Moriarty, que se passa em tempos bem modernos.
Então o que diabos está acontecendo?
Bom, já adiantamos que não vale muito a pena ir atrás das histórias originais atrás de pistas. Mesmo que apareçam em trajes vitorianos, isso não significa que alguma história será adaptada ao pé da letra e, se tratando de Sherlock, já é esperado que não seja mesmo. Ou alguém consegue citar uma história que tenha sido fielmente adapatada (o mais próximo disso foram "Um Escândalo na Belgrávia", "Os Cães de Baskerville" e "Seu último juramento" - que adaptou "Charles Augustus Milverton")?
Assim, mesmo que Mark Gatiss e Douglas Mackinnon aticem os fãs com citações ao Carbúnculo Azul, se este conto for realmente adaptado (e não uma pista falsa), não espere vê-lo adaptado à risca nas telas.
O diretor Douglas Mackinnon postou essa imagem no Twitter com um trecho de "O Carbúnculo Azul": "As estrelas brilhavam friamente num céu sem nuvens"
E Mark Gatiss retuitou com outro trecho:
"Era uma noite de muito frio, e por isso vestimos as capas e enrolamos o cachecol ao redor do pescoço."
"It was a bitter night, so we drew on our ulsters and wrapped cravats about our throats..."c/o ace @drmuig! #Sherlock pic.twitter.com/zqjuwlAcoi
— Mark Gatiss (@Markgatiss) 15 janeiro 2015
Voltando às teorias, alguns spoilers anteriores afastam totalmente a ideia implausível de festa à fantasia e sugerem que um dos contos adaptados pudesse ser também "A Vampira de Sussex".A Holmesiana Laura Medina bolou uma teoria interessante, que postou no grupo Sherlock Brasil, no Facebook:
"Acho que a parte vitoriana poderia mto bem ser alucinações ou delírios do Holmes por meio de uma droga ou algo do gênero para trazer seus fantasmas à tona (= Moriarty) e outros, talvez [A desconfiança da esposa do cliente de Holmes ser uma vampira é justamente um veneno, uma droga].
Sabe a ideia louca que me veio: O tal Carbúnculo Azul não ser uma pedra, mas uma substância que fora injetada para poder escondê-la, assim como a pedra no conto original ou para poder produzi-la como são as vacinas, mas mortal. E fora injetada em algo vivo, um animal ou em um bebê (ref. ao conto original). E para poder reaver ou recolher precisa tirar o sangue. E para despistar, ou por causa do modo de retirar o sangue, deixa para trás no ser dois furos na aorta, assim como em mordidas de vampiro. Aí junta-se os dois casos.
E para deixar o caso do carbúnculo azul mais parecido com o original, a substância quando cristalizada fica na forma de uma pedra azul, por isso o nome da tal substância."Porém, com as gravações na Catedral de Gloucester (em andamento), vimos Mary surgir com roupas que parecem de montaria, bem diferentes dos trajes que as mulheres costumavam vestir normalmente nessa época -- inclusive Molly surge de vestido:
(Sim, se trata de "Sherlock", não dos originais e em "Sherlock", Molly e Mary cada vez mais participam das histórias).
A primeira ideia que vem à cabeça é o conto "Silver Blaze" (ou "Estrela de Prata"). No conto, Holmes precisa sair de Londres para resolver um caso de um cavalo de corrida desaparecido e seu treinador que aparece morto. Enquanto investiga o caso, ele ainda esbarra com ciganos e uma mulher que lhe parece suspeita. Pensamos neste conto porque ele explicaria as roupas de Mary, a mulher misteriosa do primeiro dia de gravação e o suposto exame post-mortem que acreditamos que tenha sido gravado naquele mesmo dia.
Ainda assim, é um tiro no escuro e não diz muita coisa.
Foi vista uma arma durante as gravações |
Então, ainda que não possamos ter uma ideia consistente sobre a base deste Especial, nossa equipe pensou em duas possibilidades, como:
- A trama vitoriana não estaria ligada à trama principal e é possível que sejam dois casos. O mistério de Moriarty se resolveria logo no começo e daria um gancho para o que viria depois. Na nossa concepção, a imagem de Moriarty é apenas um vídeo pré-gravado, com algum plano para Sherock. Ora, Moriarty era tão inteligente quanto Sherlock, na certa pode ter se prevenido para o caso de o detetive não morrer de fato e ter deixado um plano pronto, colocado em prática assim que Sherlock retorna e mata Magnussen. Já a parte vitoriana, poderia ser Watson escrevendo um post em seu blog, um post de Natal. Quem sabe até intercalando um caso atual com a versão vitoriana.
[Alguns Sherlockians escreveram pra gente sugerindo que poderia ser uma história que Sherlock conta durante o Natal, o que também é plausível]
- Com o gancho da história que Sherlock conta, também gostamos da teoria de Sherlock estar investigando um cold case (caso arquivado), bem antigo e a resolução desse crime se passaria na cabeça dele, transportada para a era vitoriana, quando o crime teria acontecido.
Isso não é tão impossível, já que em "A Queda de Reichenbach" Sherlock aparece estudando justamente um cold case, o de Henry Fishguard (aquele boneco enforcado na sala), que teria cometido suicídio em 1840. E enfim Sherlock descobre que ele não cometera suicídio. John chega a implicar "Caso urgente, não?", e Sherlock responde: "São todos urgentes até serem solucionados" (Veja em detalhes aqui)
Inclusive a história do cold case poderia estar ligada à visita ao cemitério que John e Mary fazem. Entre as opções (que incluem ou túmulo de Magnussen, que acaba de morrer, ou túmulo de Moriarty, que acaba de reaparecer) também pode ser o túmulo de alguém que teve uma morte mal explicada. Note que no cemitério de Arnos Vale, várias pessoas ilustres estão enterradas, incluindo uma Mary Watson!
Quem sabe a resolução de um caso antigo que ainda não foi solucionado não seja a chave para resolver um caso atual? E quem sabe tudo isso não está ligado a um plano de Moriarty? Lembram do que a produção estava postando antes de começarem as gravações?
Uma frase que se tornou recorrente é "Vem vindo um vento leste". É a frase que John usa em His Last Vow, se referindo a Sherlock, quando Moriarty parece voltar dos mortos: "Bom, se ele está [vivo]...melhor se aquecer. Vem vindo um Vento Leste."Enquanto isso, o diretor Douglas Mackinnon posta imagens misteriosas em seu twitter, com a hashtag de Sherlock:
Essa frase é retirada do conto His Last Bow (O Último Adeus de Sherlock Holmes), em que Holmes diz a Watson: “Você é um ponto fixo numa época de mudanças! De qualquer forma vem vindo um vento leste, como nunca antes varreu a Inglaterra. Será frio e amargo, e muitos de nós poderão ser fulminados por sua rajada (…) quando passar a tempestade, um país mais puro, melhor, mais forte, brilhará ao sol…”
#ShSpesh @arwelwjones @Markgatiss pic.twitter.com/kNZvTiNSz7
— Douglas Mackinnon (@drmuig) 19 janeiro 2015
E o que você acha disso? Qual a sua teoria?
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