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O Problema Final traz Sherlock de volta ao tom - Resenha sem spoilers


No dia 12 de janeiro, o último episódio de Sherlock, O Problema Final, foi exibido para o público no Instituto Britânico de Cinema, seguido por uma sessão de perguntas e respostas com elenco e criadores da série.

Aqui a gente traz a resenha sem spoilers do Sherlockology e faz um resuminho do que foi dito no evento em seguida.

Esta resenha presume que você já assistiu os episódios anteriores da quarta temporada

Com a chegada de O Problema Final, Sherlock volta a um tom similar ao que nós mais amamos na série - um detetive e um doutor correndo por aí juntos, solucionando mistérios.

Para essa finalidade, a caracterização está como você mais ama também. Sherlock Holmes tem uma boca movida a motor, freneticamente trazendo coisas à tona e resolvendo pistas nas circunstâncias mais desesperadoras. John Watson é o homem nobre e conflituoso de novo, carregando uma tristeza devido à perda de sua mulher, mas novamente o verdadeiro e leal Doutor do Exército. Mycroft Holmes está fortemente envolvido e é enérgico e irritável enquanto revela novas facetas de seu personagem. Molly Hooper está em seu melhor e mais frágil e vulnerável estado. Mrs Hudson mantém sua agudeza vista na última semana. E Lestrade é Lestrade, a quem é dado pouco a fazer mas que ainda tem um momento que levou a comemorações e aplausos. Todos estão excelentes em geral, particularmente os protagonistas, enquanto a situação continua a se desenvolver.

Em termos de tonalidade, se há algum outro episódio que podemos chegar perto em comparação é Os Cães de Baskerville, da segunda temporada. Imagine aquela cena do John dentro do laboratório em Baskerville, prestes a surtar, mas durante muito mais tempo. O Problema Final é talvez o episódio mais cheio de tensão que Sherlock já produziu, de movimentos inquietos, e com uma verdadeira impressão de que todas as apostas estão em jogo aqui. O diretor Benjamin Caron criou  90 minutos cinematográficos repletos de emoções e aventuras que provavelmente farão você se segurar bem firme em sua poltrona. Se você estiver sentado no chão, talvez acabe enterrando sua cabeça nele.

É claro que há algumas falhas, e posteriormente nós falaremos sobre elas, mas por agora é de vital importância preservar a experiência de assistir esse episódio sabendo o mínimo possível da trama. O prazer de se sentir na pista errada até as grandes revelações serem jogadas é ao mesmo tempo frustrante e empolgante. Esse é tranquilamente o melhor episódio da quarta temporada, e com o risco de de causar o hype de ser o melhor episódio desde A Queda de Reichenbach, com um maravilhoso e perfeito final que pode ou não ser tão finito quanto o título sugere.

Apesar disso, esteja certo de que quaisquer que sejam suas opiniões a respeito desse episódio, não há como negar que Os Rapazes de Baker Street estão de volta em seu melhor.


O screening

Algumas informações (sem spoilers) que foram postadas no Twitter. Veja nossa cobertura em @Sherlock_Brasil:

- O Problema Final termina com um final bem amarrado, sem um gancho. O que indica que foi feito um desfecho para a série. Apesar disso, Steven Moffat disse: "não está em nossos planos que este seja o episódio final, mas poderia muito bem ser";

- Como dito anteriormente, as pessoas que assistiram disseram que o episódio é tão bom quanto T1E3: O Grande Jogo, T2E1: Escândalo na Belgrávia ou T2E3: A Queda de Reichenbach, sendo um suspense eletrizante;

- Algumas pessoas tinham a dúvida infundada de que a terceira e a quarta temporada aconteciam no Palácio Mental de Sherlock - não acontecem;

- .Perguntaram ao Moffat como o relacionamento entre Sherlock e John se desenvolveria se houvesse quinta temporada e o Moffat disse que continuariam amigos que solucionam casos e mandou lerem os livros;

- Isso significa que o relacionamento também não acontece na quarta temporada;

- O público aplaudiu de pé o episódio no final.


Leia também:

Steven Moffat: Quinta temporada de Sherlock é incerta
O Problema Final: "Alguém vem fazendo um jogo realmente muito longo e Sherlock e John enfrentarão seu maior desafio de todos"

Assista ao trailer legendado


5 comentários:

  1. ALERTA SPOILER !!!

    Como explicar o som do violino sem o vidro? A voz foi o modificador na garganta, mas é a música? Não foi uma gravação pq o timing dele se aproximando e ela arranhando as cordas seria complicado, tudo bem que a Eurus prevê atentados 3 meses antes de acontecer...mas convenhamos. Mas um pessoa tão observadora como Sherlock não sentiria a mudança de temperatura pela falta de vidro? Até mesmo corrente de ar, a voz do próprio Sherlock numa sala com vidro reverbera diferente do que uma sala sem vidro. Achei uma falha grotesca.

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    1. A ideia é q ele estava "hipnotizado" ao ver a irmã pela primeira vez...e deixando de reparar em coisas simples.

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    2. Era tudo um sonho? Uma ilusão? Prefiro acreditar que sim. Tudo o que se passou em 4x3 estava dentro do 'palácio mental' de Sherlock. Como em A Noiva Abominável. Uma viagem interior. Até pq nada ali faz muito sentido e há muitos furos... vozes na cabeça de sherlock... cenas, cenários mutantes e acontecimentos absurdos (como num sonho) .. Watson preso num poço com correntes nos pés, mas salvo por sherlock usando apenas cordas (e as correntes??) enfim...

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  2. No final das contas...Moriarty foi um instrumento de Eurus para conseguir fazer oq ela sempre quis: "jogar" com Sherlock.

    Não q com isso, Moriarty tenha deixado de ser o gênio do crime q conhecemos...mas antes dos seus 5 minutos com a Eurus (q fazia "lavagem cerebral" em qualquer um), ele apenas era um criminoso reconhecido, mas sem o facínio por Sherlock.

    A partir da conversa q os dois tiveram, Moriarty passa a "perseguir" Sherlock e a jogar com ele. E ai, a estória como conhecemos.

    A percepção de vcs tb foi essa? Foi mto claro, um pouco claro, ou não tem nada a ver oq eu falei? :D

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    1. Realmente faz sentido o que você escreveu... eu ainda não tinha pensado nisso. Era a noção dela sobre brincar com o irmão, e ainda envolver os sentimentos de abandono que ela tem, pq queria que o Sherlock ficasse sem mais um melhor amigo, e acabar de vez com a figura fraternal do Mycroft.

      Tbm penso que nem vc qto ao Moriarty.

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