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Baker St Babes entrevistam Louise Brealey aka Molly

Louise Brealey, que interpreta Molly em Sherlock, esteve na Collectormania em um domingo MUITO frio, no início de Junho. Sem um plano definido, o grupo formado por Curly, Maria, Ardy e Joanne, fizeram uma entrevista com a incrivelmente divertida e encantadora atriz. Dançando pelo estádio para se manterem aquecidas, elas perambularam pelos standes, encontraram fãs e dançaram com o Storm Troopers. Após uma rápida entrevista com um Darth Vader escocês, estavam prontas para sentar com Louise e conversar sobre Sherlock. Foi uma delícia.

Episódio gravado em 03/06/2012. Transcrição por Melanie Fletcher
Tradução: Sherlock BBC Brasil

O podcast pode ser ouvido aqui.


Maria: Uau. Ficamos sabendo que Darth Vader gosta de Sherlock Holmes. 

Kristina: Ele gosta!

Louise: (risos) Ah, que ótimo, bom saber. O bom e velho Darth. 

Eu acabei de esvaziar minha  incrivelmente impressionante bolsa dentro de uma bolsa (risos) mas não vamos mais perder tempo comigo -- vai lá, manda ver.  

Kristina: Esse é o seu primeiro grande evento, não é? Eba! 

Louise: É sim, é meu primeiro evento com fãs em todos os sentidos - e será meu último (risos). 

Kristina: Meu deus, você está com muito frio.

Louise: Uma única vez. Não, não - é, é extraordinário, e muto legal. Mesmo eu estando com cara de doente nas fotos, foi tão...andar por aqui, parar lá, sorrir...sorrir...sorrir. Setenta e sete sorrisos -- setenta e oito, setenta e oito sorrisos de uma vez. Extraordinário. Enfim, não, é ótimo, está frio mas é bem legal. Eu estou com uma garrafa de água quente entre as pernas então está tudo bem (risos). Todos parecem legais -- eu vi duas menininhas vestidas como Molly, uma mini-pessoa com um rabo-de-cavalo falso, ela era uma graça.

E o melhor, o melhor era o crachá dela. Ela tirou uma foto horrível de si mesma de propósito, porque o meu crachá no meu jaleco em Sherlock é medonho. Então essa linda garotinha tinha uma foto terrível de si mesma, com uns óculos muito, muito errados, ela tinha tudo, tudo certo.

Maria: Você sabe algo sobre a terceira temporada? 

Louise: Nada, de verdade. Tudo o que eu sei é que eu estarei de volta - e também Rupert e Una e Benedict. E Martin. Não sei de nada -- eles estão escrevendo enquanto nós estamos conversando. Eu sei algumas coisas que não vou contar (risos). Viu como minha atuação foi ótima? Minha atuação incrível.



Kristina: Molly começou como um papel pequeno, e meio que se tornou esse gigante -- muitos fãs estão completamente apaixonados por Molly Hooper. Como você reage a isso, você esperava?

Louise: Não, de maneira alguma. Eu gravei a minha parte em um único dia, no terceiro episódio, porque nós tivemos que gravar todas as minhas cenas em um dia porque eu estava fazendo uma peça. Então eu gravei a minha parte, tive um dia, mágico, maravilhoso, e voltei pra Londres. Não sei. Eu não tinha me tocado da importância da personagem naquele episódio, porque não tinha ficado pensando nisso. Foi assim "Essa cena é legal, e agora tem uma outra cena legal", e eu não pensei mesmo sobre isso. E depois eu assisti e fiquei tipo "Ohhhh". Mas é, foi espantoso, a reação foi absolutamente incrível extrapolou completamente -- eu nem mesmo tinha muitas expectativas, porque fiz a primeira temporada e foi ótima, todo mundo gostou bastante, o que foi gratificante, obviamente, e uma coisa incrível de se fazer parte. E aí -- eu não sei, só o roteiro, eu acho, que fez Molly significar algo mais do que era na primeira temporada. Eu devo estar me repetindo, mas acho que as pessoas se identificam com ela porque ela é uma garota comum em uma posição extraordinária. Ela trabalha com aquela...aberração. (risos). Aquela maravilhosa, linda aberração, e sabe, eu acho que é incrível porque ela é meio que...não sei se vocês são muito novas para Dirty Dancing, mas tem uma...

Kristina: Eu vi Dirty Dancing!

Louise: A ideia deste tipo de homem extraordinário -- bem, não é necessariamente desse jeito, eu estou sendo ridícula -- mas ela é meio que, uma garota qualquer, não é? Com seu rosto comum e seu jeito comum. E ela é o atalho do público, o atalho do público feminino, até ele, eu acho. Ela não é ameaçadora -- ela é a garota da porta ao lado. Então eu fiquei muito surpresa, mas também muito feliz que tenham gostado dela, eu acho isso maravilhoso.

Kristina: Eu acho que todos nós já passamos por isso -- aquela pessoa que impressiona a gente completamente e vira algo tipo "mesmo que eu saiba o quanto você é um cretino, eu estou me apaixonando completamente por você".

Louise: Bem, eu acho que também é como o amor nos transforma em bobos, sabe? Quem nunca agiu como um idiota quando está impressionado? Eu sei que eu já. Assim, eu não sou como ela de nenhuma forma, mas acho que quando eu gosto mesmo de alguém, sou perfeitamente capaz de cometer gafes e parecer uma boba. E eu acho que é isso -- as pessoas a subestimam porque ela aceita muita merda vindo dele. Mas o fato é que, o que foi uma delícia na última temporada é que você percebe que ela não é uma idiota. Ela está absorvendo tudo na dela, mas ela está lá. Não sei, me sinto sortuda. Há uma mínima faceta dela, porque ela quase não aparece,mesmo, mas não é um problema. É o papel mais maravilhoso que já fiz na televisão, sem dúvida, mesmo sendo pequeno, e é um tributo real ao roteiro porque você consegue sacar tudo, há uma verdadeira jornada.

E como eu disse, quando eu terminei minha parte, eu não fiquei pensando nisso. Eu só pensei "Ah, que legal. É legal ter uma cena fofa no meio.." Ai, acho que quebrei minha garrafa de água quente. Tô sentindo como se tivesse feto xixi (risos).

Desculpa. Teremos que suspender a entrevista porque Louise Brealey se molhou.

[PAUSA]
Com o patinho Charles Augustus Milverton, das BSB
Maria: O que eu acho interessante é que Molly obviamente não é um personagem que Arthur Conan Doyle escreveu. Você ficou nervosa tentando se encaixar, ou deixou rolar, já que se trata da época atual?

Louise: Eu nem pensei no cânone. Só me deram um papel pra representar e eu tentei fazer com que ela fosse convincente e completa e real e o mais humana possível. Eu não penso em Arthur Conan Doyle. Eu fico muito feliz que eles a tenham inventado -- acho que eles gostam de tê-la inventado agora. Eles não tinham certeza no começo, mas agora estão contentes. Então sim, é ótimo, e não, isso não me incomodou nem de leve, porque não tem a ver com o livro. É algo novo, não é? Então eu acho que há lugar para...assim, eu fico lisonjeada de ser a única que não está nos livros, na verdade. Obviamente que isso significa que eu serei a primeira a ser descartada porque eu não estou nos livros, mas essa é a graça do risco (risos).

Maria: Você está se tornando -- tipo, seu personagem agora meio que está no cânone de Holmes, você meio que pertence a ele agora.

Louise: Ah, muito obrigada.

Kristina: E você tem alguma história para o passado de Molly que você tenha inventado? Ou só pensa no que está na página?

Louise: Hm, se eu tenho alguma história para o passado? Eu só acho que o roteiro é tão bom, eu só vou com o que...está tudo lá. Assim, obviamente, você tenta e...desculpe, eu estou levemente distraída pelo som da respiração do Darth Vader.(risos)


Ele está respirando no meu pescoço! Se eu fiz alguma pesquisa? Não, eu não fiz nem nada tipo andar pelo necrotério com um legista. Ainda que quando eu estava lá eu conversei com trabalhadores reais do necrotério e falamos sobre o quão rápido um post-mortem acontece, quanto tempo leva e como os pulmões ficam pretos se você vive na cidade, mesmo que você não fume. Coloquei minhas galochas e tive que olhar as drenagens e queria não ter visto. E lá tem todo tipo de coisa, como facões e cérebros em baldes -- é ótimo. Se eu fiz alguma pesquisa sobre quem ela foi? Não mesmo, assim, eles fizeram aquele blog, não foi? [Blog tie-in de Molly Hopper, escrito por Joe Lidster. Veja aqui] Sobre filhotes e Glee e tal. Eu acho que está lá para as pessoas aproveitarem se quiserem. Na minha cabeça, ela...ela é um caso perdido. (risos). Não, ela não é. Ela ama gatos. Então não

Kristina: Justo.

Molly Hooper Blog
Louise: Eu só acho que está tudo lá. É como plano -- você precisa tentar e falar com sentimento. Não, eu não sei nada sobre ela -- quem é ela? Não sei a idade dela, nem de onde vem. Eu até gosto que esteja aberto para as pessoas inventarem se elas quiserem. É, eu acho que eles são tão imaginativos, os fãs e tudo mais -- sempre me falam quem ela é e o que significa. E eu acho ótimo, porque aí há espaço pra audiência, não é? Você pode escrever pra ela o que você quiser (pausa) não literalmente, claro, isso seria esquisito.

Joanne: Do que você mais gosta quando está no set?

Louise: É ótimo fazer parte, genuinamente ser parte daquele time. Porque mesmo que eu não esteja tanto no programa, eu me sinto como um deles. E esse é um sentimento muito bom.

É só...olhando pra trás, a primeira temporada...nós fizemos três vezes porque fizemos o piloto. E casa vez que você volta, parece mais maravilhoso porque o programa cresceu em estima para as pessoas e nos seus corações e você sente que as falas são um prazer de dizer e o time que faz é um deleite. E é muito familiar - Sue e Steven obviamente são casados, a produtora executiva e o roteirista, e há um verdadeiro...é um lugar legal de trabalhar, Sherlock. As pessoas são boas, elas têm bom coração.

Kristina: Acho que é por isso que o programa se sai tão bem, porque todo mundo ama fazer. E você percebe, pela produção.

Louise: bem, os meninos não precisam olhar pra trás, sabe -- eles são enormes, são massivos, não precisam olhar pra trás. Acho que isso é um indicativo do quão querido o programa é pra eles, que eles queiram olhar pra trás apesar do fato de serem mega-estrelas e fazerem outras coisas. E eu acho que se fosse um set infeliz ou uma experiência infeliz, você não veria nem a poeira deles. Então é bem óbvio. O material é tão brilhante -- você não consegue sempre ler algo tão bom quanto aquilo.

Kristina: Bem, nós temos mais uma pergunta -- nós perguntamos no twitter, mas todos mundo fez perguntas que nós já fizemos pra você. Mas a maioria das pessoas quer que você saiba que elas te amam e te acham incrível.

Louise: Isso é legal, não é?Poderia dizer a eles o quão fofa, charmosa, atraente e agradável eu sou sem o nariz vermelho e sem essa coriza de velha?

Kristina: Ah, só mais uma - se você pudesse tomar chá com qualquer um de Sherlock, com quem você gostaria de tomar chá?

Louise: Você sabe, Rupert Graves vem direto na cabeça...Graves, Graves, Graves! (risos) Hm, sim, claro, Rupert, Una e Rupert. E -- isso é favoritismo, é horrível, Rupert, Una, Rupert, Una. Nós iremos tomar chá na próxima semana -- ah, meu sonho se tornará realidade! (risos)

BSBs: Muito obrigada e boa sorte na terceira temporada e em tudo mais que você fizer!

















Mais sobre Louise Brealey:

Louise Brealey: "Se você quer dormir com Sherlock, e há uma mulher na tela que quer dormir com Sherlock, você se identifica". (Aqui)

Louise Brealey, a Molly, fala sobre Sherlock (Aqui)



Una Stubbs, Lara Pulver e Louise Brealey: Bate-papo com as mulheres de Sherlock (Aqui)


4 comentários:

  1. "se você pudesse tomar chá com qualquer um de Sherlock, com quem você gostaria de tomar chá?

    Louise: Você sabe, Rupert Graves vem direto na cabeça...Graves, Graves, Graves! (risos) "

    MORRI!

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  2. Ai como eu amo a Molly. Que ela seja fantástica na terceira temporada <3

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  3. "Louise Brealey: Se você quer dormir com Sherlock, e há uma mulher na tela que quer dormir com Sherlock, você se identifica"

    Ah, então compreendo o porquê eu não me identifico com a Molly e até a acho pouco interessante. Eu não sou a favor de qualquer relacionamento amoroso em Sherlock. O foco em histórias de detetives é solucionar os crimes e mistérios, e não transar/amar uma mulher! A Irene Adler deu super certo porque nada acontece de fato. O Sherlock fica atentado, o público percebe e vibra, mas ele mantém o foco. Não acontece. Outro ponto bacana é que a relação deles é puramente carnal. Há uma atração! Um desejo. Já com a Molly, pelo o que ela demonstra, seria um amor bobo! Eu sinceramente não consigo imaginar o Sherlock dizendo a Molly que a ama. E convenhamos que ela não tem nada de atraente. Se Sherlock resistiu a Irene, ele facilmente resistiria a Molly. Seria o fim da série (pelo menos para mim) se Sherlock se envolvesse em um relacionamento amoroso. Seria patético de se ver. E esse mesmo pensamento é que me faz pensar que Elementary será um completo fracasso, pois tendo o John Watson como mulher, em algum momento provavelmente acontecerá alguma coisa entre eles. E se não acontecer, eles passarão a série inteira dando a entender que acontecerá, apenas para segurar o público. É válido. Mas não deixa de ser um golpe baixo.
    E eu sei. Não adianta, é puro preconceito mesmo, e eu assumo, mas nada me tira da cabeça que um relacionamento, sobretudo amoroso, em uma história de detetive é o fim.

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