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Benedict Cumberbatch na InStyle Maganize: Entrevista completa



Benedict Cumberbatch acaba de conhecer Bart Simpson: "Eu estava em uma reunião no mesmo lugar onde gravam Os Simpsons e ouvi que havia um papel disponível em um episódio", ele diz com sua voz suave de barítono. "Eu disse, 'Odeio me intrometer, gente, mas eu poderia gravar?' Em seguida, estava em pé em uma sala com todas aquelas vozes famosas: Bart, Marge, Homer, Lisa..."


Update 09/07: Foi revelado que Cumberbatch fará a voz de dois personagens no episódio da "Love Is A Many-Splintered Thing” ("O amor é uma coisa cheia de estilhaços" em tradução livre) da temporada 24: o Primeiro Ministro Britânico e um "personagem traiçoeiro". Furo do TVLine.


A aparição em Os Simpsons é mais um momento "me belisca" para o homem que, em dois anos, foi do respeitável "Ele não é aquele cara no..." para um superstar global. Está prestes a voar pra casa [a entrevista foi feita quando Benedict ainda estava nos EUA] depois de passar quatro meses em Los Angeles gravando seu papel como o vilão da sequência de Star Trek e se sente triste em deixar Hollywood: "Eu tenho depressão pós-filme. Tive meu último pôr-do-sol ontem, então eu dei uma volta pela praia e comi um sanduíche nas dunas de areia."


A vida em Los Angeles, diz ele, tem sido "surpreendentemente tranquila", sua única reclamação é que não há muitas livrarias. "Os clubes aqui são bem divertidos à noite, mas durante o dia, são terrivelmente cheios e invasivos; todo mundo fica ocupado em ficar prestando atenção no que o outro está fazendo, então não tem muita privacidade". Levar sanduíches para a praia e uma predileção por livrarias: a despeito do seu florescente status como uma estrela de Hollywood, o britânico de 36 anos [a revista chega às bancas após o aniversário de Benedict, dia 19 de Julho] parece adoravelmente na dele.


Filho dos atores Timothy Carlton e Wanda Ventham, Benedict não tem exatamente uma história de Billy Eliot. Ele frequentou a escola pública para meninos Harrow e a Universidade de Manchester antes de estudar drama em Lamda. Fama e fortuna não vieram na noite para o dia: os primeiros anos de sua carreira foram no teatro e em pequenos papeis na TV, onde ele se tornou uma espécie de rosto britânico conhecido aparecendo em dramas de época respeitáveis e filmes.


Então, em 2010, o gênio por trás de Doctor Who, Steven Moffat, o escalou para o seu Sherlock moderno. Afiadamente escrito, encaracolado e muito inteligente, alcançou 9,2 milhões de espectadores, ganhou vários prêmios - e causou um aumento de vendas nos casacos da Belstaff. E muito do sucesso da série é devido ao magnífico retrato de Benedict para o seu complexo anti-herói: brilhante e frio em um momento, atingível e vulnerável no outro.


O programa deu a ele o status não-oficial de objeto de desejo das mulheres pensantes e uma conta de fãs no twitter- @Cumberbitches - com mais de 26,000 seguidoras. "Eu queria que meu eu de 15 anos soubesse do meu poder de atração com o sexo oposto!" ele diz. "É lisonjeiro, mas eu me preocupo com o que isso diz ao feminismo, é um termo bem pejorativo...Cumberbabes ficaria melhor."


Benedict exala carisma e uma marca de beleza distinta: suas maçãs do rosto agudas. Você imagina que pra ele deve ser difícil andar por aí sem ser reconhecido. "Eu sou um pouco melindroso com as pessoas me notando. Algumas vezes eu estou relaxado, e outras me deixam constrangido. Não estou reclamando," ele completa satisfeito, "tudo isso vem de coisas boas."


Ele precisará se acostumar com o jogo da fama. Sherlock chegou aos EUA este ano, seguindo Downton Abbey e Doctor Who na cruzada pelo oceano. O que fez aumentar as ofertas de papeis para Benedict e também para seu parceiro na tela, Martin Freeman. Diz muito a respeito da [qualidade da] série que os dois britânicos tenham conseguido papeis no provavelmente filme do ano de Hollywood - O Hobbit, com Martin como Bilbo e Benedict como o dragão Smaug.


Autógrafo e desenho de Smaug
Eles não se cruzaram no set, já que Benedict filmou os movimentos do seu personagem em frente a uma tela verde. Para fazer uma interpretação convincente "de um lagarto que cospe fogo a 400 pés (122m)" ele passou algum tempo estudando répteis no Zoológico de Londres. "É algo que extrapola uma performance de ator. Mas na essência, você ainda está fazendo uma cena."


Ele diz que poucos dos seus fãs mais dedicados pareceram preocupados com sua ida em direção aos blockbusters de Hollywood - "Eles encaram isso como uma amizade que te corrompe." Mas Benedict não concorda. "Eu gosto de tratar cada trabalho como se fosse o primeiro, eu vou variar o trabalho, então eu serei um cabeça-de-vento correndo com armas e garotas e depois irei desacelerar e farei algo completamente diferente, como Parade's End.


No drama, ele interpreta Chistopher Tetjens, um aristocrata em um triângulo amoroso com uma sufragista e socialite, um papel que exigiu que ele disfarçasse sua famosa estrutura óssea. "Eu usei um enchimento por baixo das roupas e nas bochechas. Eles grudam como aparelhos de dente para fazer seu rosto parecer rechonchudo." E, ainda que se passem na mesma época Eduardiana, ele enfatisa que o programa "não tem nada a ver com Downton. Não é uma novela, é um pouco mais pesada, mas ainda é uma história linda. Você acaba se preocupando com esses personagens imperfeitos."


Parade's End - Estreia em Setembro
Com alguns dos melhores diretores do mundo batendo em sua porta, de Peter Jackson a Tom Stoppard (que adaptou Parade's End e pediu especificamente para que Benedict interpretasse o papel), ele não ganhou simplesmente fama e fortuna, mas algo ainda mais crucial: o merecido respeito. E isso não se deve apenas ao fato de ele escolher seus papeis com perspicácia e manter suas as raízes do teatro - ele ganhou um Olivier Award este ano por sua performance na versão de Frankenstein do National Theatre, interpretando o adversário de Jonny Lee Miller - mas também porque o sucesso chegou relativamente tarde.


Ele é mais pálido e interessante que, digamos, Brad Pitt, e você se pergunta o que teria sido se em vez de ter permanecido injustamente engavetado ele tivesse entrado em Hollywood nos seus vinte e poucos. Sendo assim, ele teve uma década para amadurecer e ganhar seu reconhecimento como um ator sério, tanto que agora que foi confiado aos holofotes, é capaz de fazer as coisas nos seus próprios termos. E ainda ganhou um valioso senso de perspectiva. "Eu fico contente que tudo isso tenha vindo quando veio. Acho ótimo que você possa ir de um desconhecido de 19 anos ao estrelato, mas pra mim, ter tido um começo difícil, fazendo muito teatro e com cada centavo contando, significa que já me abateu realidade da profissão."


Mesmo que tivesse conquistado o sucesso cedo,ele duvida que teria saído dos trilhos. "Eu cresci cercado por atores profissionais, então isso me manteve em uma boa posição. Eu sei o que pecado que é estar atrasado, eu fico muito inflamado com esse tipo de coisa," ele diz, "é muito fácil romper relações e muitos atores acham que isso não importa, mas importa porque as pessoas acabam dizendo 'é, ele é ótimo, mas você não quer trabalhar com ele porque ele é um pé no saco!'"


E sobre a sua vida amorosa? É estranho perguntar isso a ele; ele não é o tipo de sujeito que alimenta as colunas de fofocas. Ele esteve em um relacionamento de 12 anos com a atriz de The Thick, Olivia Poulet [que também fez uma ponta em "Sherlock" como Amanda, a secretária de Van Coon em "O Banqueiro Cego"], quem ele conheceu na universidade, mas o casal se separou amigavelmente no último ano. Ele esteve ligado a designer Anna Jones, mas atualmente está solteiro.


O Banqueiro Cego
Será que ele está gostando da solteirice? "Sim e não. Eu tenho uma espécie de relógio. Eu quero mesmo ser pai antes dos 40, mas ao mesmo tempo, estou nesse território esquisito onde as pessoas me conhecem antes que eu as conheça." Ele completou recentemente uma road trip da costa leste dos EUA até San Francisco com um velho amigo. "Foram os cinco dias mais incríveis da minha vida.", ele diz. "Mesmo sendo dois solteirões divorciados correndo em seus Mustangs e pensando 'Ah não, somos um clichê!'"


E o que os pais dele acham de tudo isso? "Eles são maravilhosos," ele diz, com a voz suavizando. "Eu os trouxe pra cá recentemente e eles foram me ver no set de Star Trek. Tudo o que está acontecendo comigo é inútil a menos que você possa dividir com alguém que você conheça. E quem melhor de ter ao lado do que a família?"


Eu pergunto se houve um momento que ele tenha se dado conta de ter chegado lá. A resposta é típica: "Eu tive minhas primeiras 'fotos sem camisa na praia' outro dia!", ele diz parecendo chocado. "Eu pensei, 'Nossa, estou me tornando a pessoa na revista que eu costumava implorar pra Olivia não ler'. Foi um desses momentos quando você para e pense, 'Ai Deus - está acontecendo mesmo comigo agora'."


E pra constar? É um torso bem interessante...


Veja também:

Benedict Cumberbatch: Simpsons, Cumberbabes e mais!, com fotos das páginas da revista!


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