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Smiley face

A chegada de um bebê está longe de transformar a série num sitcom. Essa é a temporada mais sombria


Mark Gatiss foi eleito o homem do ano pela revista Winq e estampa a capa da nova edição. Abaixo a gente deixa vocês com parte da entrevista em que ele fala sobre a próxima temporada de Sherlock 

Vamos falar sobre algo divertido; você mencionou Sherlock anteriormente, então vamos falar um pouco sobre a série, a qual suspeito que você não possa falar muito a respeito.
Não [Risos]

O que você pode me falar a respeito da série?
Bem, acredito que é a temporada mais forte que já fizemos até agora e a mais sombria. Acredito que é seguro dizer que colocamos os personagens no limite. Mas ainda assim, foi muito divertida, apesar de ser a temporada mais sombria por diversos motivos.

No final da última temporada John e Mary estavam esperando um bebê. Nós iremos ver um Watson Junior por aí?
Iremos. É uma nova dinâmica - quer dizer, não queríamos que se transformasse em algo do tipo "Dois Homens e um bebê", mas terá pouco de comédia nisso. Mas nada que se transforme num sitcom com eles se revezando entre as tarefas de cuidar de um bebê

Me fale sobre o processo de criação, porque em alguns episódios você e Steven Moffat escrevem juntos e em outros cada um escreve um. É uma forma mais fácil de colaboração ou vira um cabo-de-guerra?
Não, é ótimo. A primeira vez, nós ficamos sentados por um bom tempo até conseguirmos criar uma história. Nós escrevemos cenas diferentes e então ficamos indo e voltando com essas cenas, cada um fazendo as alterações necessárias até moldarmos de uma forma conjunta. Nós realmente passamos o dia inteiro sentados um ao lado do outro como Stevie Wonder e Paul McCartney lado a lado no piano.
Isso pode soar ridículo a princípio, mas eu não tinha um tempo livre em tanto tanto que eu disse para Sue [Vertue, esposa de Moffat] "Olha, eu vou tirar uma folga para terminar esse episódio." Então, fui para esse local no Marrocos e Steve se juntou a mim e nós produzimos tanto lá que você não faz ideia! Foi a forma ideal; nós nos encontrávamos para o café da manhã, conversávamos sobre os três episódios, voltávamos para os nossos quartos e escrevíamos por três horas mais ou menos, voltávamos a nos encontrar para o almoço, discutíamos mais sobre os episódios, escrevíamos a tarde toda, jantávamos, ficávamos bêbados e começávamos tudo de novo! Foi um sucesso tão grande que Sue nos mandou de volta pra lá três semanas depois, só que dessa vez com tudo pago

Os episódios são incrivelmente complexos e inteligentes - como vocês fazem isso? Como vocês conseguem fazer com que todos esses peças se encaixem?
Pra falar a verdade, é bem difícil. Se você ler as histórias originais de Athur Conan Doyle, verá que a quantidade de deduções nas histórias diminui a medida que ele continua. De uma maneira similar, a gente acaba fritando nossos cérebros que tentando pensar em novas maneiras de fazer isso. Mas você acaba chegando lá eventualmente. Você recebe inspirações agradáveis e às vezes inesperadas da vida, mas a verdadeira inspiração vem do amor pelas histórias originais e de querer apresentá-las de uma maneira nova e organizada. Trata-se essencialmente de uma história simples com deduções e incidentes estranhos; Isso é Sherlock Holmes. Se você ficar preso, sempre pode recorrer a Doyle; Há sempre tanto para desenvolver, não apenas as partes mais famosas, mas muitos momentos ligeiramente excêntricos e estranhos. Conheço as histórias de trás pra frente e é isso que me faz sempre revisitá-las. Encontro-me dizendo "O que Arthur Conan Doyle faria?"

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