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Smiley face

Louise Brealey ainda não assistiu ao último episódio de Sherlock. A atriz, que interpreta a patologista forense Molly Hooper, admite isso com afobação, como se nem ela acreditasse em si mesma: "Eu ainda não vi", ela sussurra com culpa. "Eu ainda não vi! Não sei porque."

Ela estava pedalando pelo Camboja quando o episódio foi ao ar e acordou na manhã seguinte com uma internet inundada de mensagens de amor dos fãs -- bem como com a controvérsia gerada por uma cena em que ela salva a própria vida (ainda que sem saber) ao finalmente confessar seu amor não correspondido há muito tempo guardado pelo detetive.

Enquanto alguns elogiaram a tensão do momento, outros criticaram o roteirista Steven Moffat pelas falhas com as quais explorou a forma como o incidente teria afetado a personagem.

Moffat disse em uma entrevista que Molly estava "bem", dizendo: "Ela provavelmente tomou um drink e saiu para transar com alguém". Na época, Louise Brealey tuitou aos fãs que ela discordava dele.


"Eu conheço o Steven e acho que ele provavelmente estava apenas sendo meio travesso e dizendo coisas fora de mão", ela diz agora. O comentário dele, ela completa, não soa como "um veredito real sobre Molly", e certamente não está na linha de conversas que eles tiveram sobre a personagem."

Moffat mandou uma mensagem de texto para ela logo após a coisa vir à tona. "Eu não tenho nenhuma rixa com Steven", ela me conta, se recusando a se enveredar pelo assunto de que o roteirista tem um histórico fraco de textos escritos para mulheres. (No passado, Moffat recebeu críticas sobre as personagens femininas de Doctor Who). "Eu olho em volta e vejo mulheres interessantes [em Sherlock]. Talvez eu devesse achar empolgante esse assunto, mas não acho mesmo. Eu só quero fazer o melhor pela minha personagem."

Quinta temporada

Brealey duvida que haverá uma quinta temporada de Sherlock. "Nesse minuto, não há nenhum plano; nós paramos no que parece ser o local natural. Já me conformei com o fato de que não faremos outra."

Ela sorri quando pensa sobre trabalhar com os protagonistas do programa, Benedict Cumberbatch e Martin Freeman. "Estar no set com aqueles dois, você aprende muito. Ambos são tremendamente famosos, e não é incomum que esse tipo de coisa evolua para algum ataque nonsense de ego, mas isso nunca aconteceu."

Existe alguma verdade nos recentes rumores de que os dois não são amigos na vida real? "O que queremos dizer por amigos?", ela questiona. "Em termos de set, aquela relação sempre foi, na minha experiência, muito positiva e de apoio. Você trabalha de forma intensa. Acho que seria um pesadelo se eles se odiassem".


Sobre Twitter e ativismo feminista online

Ela admite prontamente que Jude, sua personagem na nova série da BBC "Clique" não faz o tipo dela de feminista. "Eu discordo totalmente da forma como ela encara. Ela é meio tipo 'parem de reclamar e assuma a responsabilidade para o seu próprio bem'. Ela é contra toda aquela coisa de irmandade no Twitter. Acho que ela pensa que isso não ajuda; na verdade, ela acha que deixa as coisas piores".

Brealey, por outro lado, está o tempo todo no Twitter. "Provavelmente eu sou uma ativista de sofá, não sou? Acredito que eu seria exatamente o tipo de pessoa que deixaria Jude perplexa". A atriz se viu sendo uma espécie de modelo entre as jovens feministas da rede social, que acham revigorante a forma honesta com que ela se posiciona. "Eu acho [o ativismo online] muito esclarecedor, útil, construtivo. Eu gosto da solidariedade, eu gosto da troca de ideias. Eu gosto do fato de essas coisas estarem sendo ditas. Eu gosto de conversar com jovens mulheres sobre o mundo em que vivem".

Ela descreve o feminismo como um "sine qua non" dado que nós ainda estamos vivendo em uma sociedade patriarcal. "Mulheres em outros lugares estão sofrendo bem mais, mas isso não significa que nós acabamos com isso no Ocidente", diz ela. "Olha o que está acontecendo nos Estados Unidos, com os assaltos aos direitos reprodutivos das mulheres".

Sexismo é entediante, ela completa, e a falta de papeis para mulheres atrizes - principalmente as mais velhas - continua a ser inaceitável. "As conversas estão sendo feitas e as coisas estão mudando, mas eu queria que fosse mais rápido. Senão, eu estarei velha e não haverá mais papeis".

Fonte: iKnews

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